terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

“A MÚSICA NA IGREJA, UM MINISTÉRIO DE LOUVOR E ADORAÇÃO”.


INTRODUÇÃO.
A música é um sentimento nobre e belo que trazemos dentro de nós e o manifestamos em todo o tempo. Toda a criação de Deus manifesta a Sua glória através da música que vem da brisa, do marulhar das águas, uivar dos ventos, do movimento das folhagens, do canto dos pássaros...
A música vem de Deus, por Deus e para Deus.
Todos nós apreciamos a música, porém poucos reconhecem o verdadeiro papel da música, seus poderes, a razão de ser, e o seu uso na Igreja. Ela tem estado e sempre estará nas reuniões de oração, evangelismo, funeral, adoração, etc.
A música tem o vivo poder de envolver pessoas de todas as idades e é um veículo para lançar a mensagem do Evangelho na alma de qualquer indivíduo de qualquer classe social.

TEXTOS BÁSICOS:
Efésios 5.18,19.
18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,
19 falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,
20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

1 Coríntios 14.26
26 Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

1.A ORIGEM DO MINISTÉRIO DA MÚSICA.
Salmo 96.1-3.
1 Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, todos os moradores da terra.
2 Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia.
3 Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos, as suas maravilhas.

A Igreja não faz uso da música por acaso ou por preferência. A música foi criada por Deus para o Seu louvor, e Ele mesmo ordenou o seu uso por diversas vezes. Nos 66 livros da Bíblia, 44 referem-se à música. Ela é mencionada de Gênesis a Apocalipse 575 vezes, aparece em várias modalidades como canto, o toque de instrumentos, principalmente no culto de adoração a Deus.
O livro de Jó, que é um dos mais antigos, revela no capítulo 38.7, que ela já existia antes da criação dos mundos.

Jó 38.7. NTLH
6 Em cima de que estão firmadas as colunas que sustentam a terra? Quem foi que assentou a pedra principal do alicerce do mundo?
7 Na manhã da criação, as estrelas cantavam em coro, e os servidores celestiais soltavam gritos de alegria.

Lúcifer era o regente geral de música no céu antes da queda.
Ez 28.13
Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados.

Lúcifer vivia em meio a música e que os tambores e flautas foram preparados para ele.

Em Gênesis está escrito que Jubal, um dos descendentes de Adão e Eva, inventou e executou os primeiros instrumentos musicais.

Gn 4.21 ARA
21 O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.

1.1. No Antigo Testamento.
Não podemos afirmar quando começou o uso da música no culto de adoração ao Senhor Deus, porém podemos afirmar que o seu uso foi:
· Por mandado de Deus. I Cr 16.8-12.
· Planejado por Deus. I Cr 28.13,19.
· Foi abençoado por Deus II Cr 5.

a) O primeiro hino registrado na Bíblia foi o cantado por Moisés, depois do livramento dado por Deus a Israel: Ex 15 seguido pelo hino de Miriam.
Outros hinos estão registrados na Bíblia como os de adoração II Cr 5. 12-14.

b) O Salmo de louvor cantado por decreto de Josafá garantiu a vitória de Judá sobre seus inimigos. II Cr 20.21,22.
c) O Decreto de Ezequias e o resultado foi o fogo do avivamento e da purificação para Israel. II Cr 29.27-30.
d) Os levitas no AT foram escolhidos por Deus para exercer o santo ministério no santuário, bem como o louvor. Nm 10.8,9.
e) No reinado de Davi foram designados especificamente para executarem a música no templo. I Cr 15.16-29.
f) Os levitas são grande exemplo para nós em relação à música na Igreja. Observemos o seguinte:
· Eles eram competentes: Não executavam o serviço aleatoriamente ou de improvisação. Eles realmente entendiam do assunto, tinham responsabilidades musicais.
Quenanias era o responsável em dirigir os cânticos; ele conduzia a congregação no louvor, porque era entendido nisto. I Cr 15.22.
· Eles estavam ocupados no serviço durante todo o tempo. Era exigido dos levitas, entrega total. Eles deviam aprender, praticar, ensaiar, ensinar o canto, a execução dos instrumentos, a regência dos hinos, eram até liberados de outros serviços. II Cr 35.15.
· O Início do ministério de músicos. Iniciavam no templo com 20 anos. I Cr 23.24-28. Só podiam exercer integralmente esse ministério, depois dos 30 anos. Nm 4.3.
Havia propósito definido, consciência do trabalho tão sublime e apresentavam o que havia de melhor para Deus. Eles não eram cantores por possuírem uma linda voz, ou facilidade para executarem um instrumento “de ouvido”, eles eram “Sacerdotes no Louvor”.
· Tinham discernimento espiritual. Os levitas não se preocupavam apenas com a técnica, pois esta não é o fator principal para liderar o louvor.
Eles participavam das ações de graças, das profecias, dos louvores, e precisavam ter a visão de um sacerdote, nas coisas espirituais. I Cr 25.3.
Os levitas davam os seus corpos em sacrifício vivo e agradável a Deus e quando se dispunham a fazer o serviço, se purificavam e se santificavam. I Cr 15.14.

1.2. O Ministério Profético através da Música.

a) No Antigo Testamento.
Os levitas também profetizavam no desempenho de suas funções. A música era um meio pelo qual o Senhor lhes revelava a sua vontade.
· Moisés cantou depois do livramento dos egípcios. Ensinou um cântico ao povo de Israel, mandado por Deus.
· Miriam sua irmã se juntou a Moisés com tambores e danças.
· Débora cantou depois da vitória sobre sísera. Jz 5.
· Habacuque fez suas orações em forma de canto Hc 3.1.
· Ezequiel profetizava cantando. Ez 33.32.
· Elizeu precisando consultar ao Senhor, chamou um músico que enquanto tocava o seu instrumento, veio sobre Elizeu o poder de Deus, e Elizeu começou a profetizar. I Rs 3.15.
· Saul também profetizou quando encontrou um grupo de profetas que tocavam seus instrumentos. I Sm 10.5,6,10.

b) No Novo Testamento.
O período de escuridão e silêncio sobre o povo de Israel terminou. Deus visitou seu povo enviando o Seu Filho amado.
A música entra em evidência, Jesus nasceu!
· A anunciação. Lc 1.30-33.
· A magnificação. Lc 1.46-55.
· Benedictus, Lc 1.68-79.
· Glória em Excelsis, Lc 2.13,14
· Ações de Graças e despedida, Lc 2.29-32.
· Entrada Triunfal, Lc 19.28; Mt 21.15.
· A última Ceia, Mt 26.30 – Jesus certamente cantou os salmos 113-118, chamado “HALLEL” judaico.
· A música nos Atos dos Apóstolos – Ainda não tinham, os discípulos, o NT. A música e a letra dos hinos era o veículo pelo qual os ensinos de Jesus foram propagados e preservados. O texto de Ato 4.24-30, dá-nos a idéia clara de que era um hino ou manifestação de louvor, observe que “unânimes levantaram a voz”, a congregação cantava.
· Paulo e Silas na prisão, Atos 16.25.
· Nas Epístolas: Paulo usava a música em seu programa de evangelização, Ef 5.9; Cl 3.16.
· A recomendação de Tiago, Tg 5.13.
· Outros trechos do NT são considerados hinos como: Ef.5.11; 1 Tm 3.16; 2 Tm 2.11-13; 1 Tm 6.15,16; Hb 2.12.

2. PODERES E EFEITOS DA MÚSICA.
Quando Deus criou a música, criou-a com poderes. Quando a música é inspirada por Ele, alegra, acalenta a nossa alma, eleva-nos à Sua presença.
Posemos notar que quando ouvimos uma música cantada ou tocada em tom menor causa-nos um sentimento triste ou sensações doces, outras provocam sentimentos heróicos ou apavorantes.
A música exerce influência na alma, no corpo e na mente; Até os animais são atingidos pelos poderes dela.
A música pode criar atmosferas diversas como a reverência, a majestade, o deboche, etc. Ela pode conduzir-nos para o bem ou para o mal.
Nem toda música glorifica a Deus, somente a que é inspirada pelo Espírito Santo, escrita por servos de Deus que levam uma vida separada, como os levitas no Antigo Testamento, que servem e adoram ao Senhor.
Que poderes têm uma música escrita por músicos drogados, imorais, homossexuais que até fazem pacto com Satanás?
Deus espera que saibamos usar a música para a Sua honra e para Sua glória.
2.1 – Música Clássica.
É a que abrange o período clássico da História da Música do século dezoito. Todas as formas anteriormente esboçadas se aperfeiçoaram. Grandes mestres despontaram nesse período: Bach, Mozart, Hendel, Beethovem, etc. Sentimentos diversos motivaram tais compositores, tais como, a tristeza, o amor, a morte, a orgia e até Deus.
Até hoje as músicas de Bach são usadas em todos os conservatórios do mundo e é extensa a sua obra. Quem não conhece “Jesus alegria dos homens” de Bach?
Muitos têm adaptado musicas clássicas com letras evangélicas, como:
· “Tuas obras te louvam” (sem saber que é um movimento sinfônico profano de Beethovem);
· “Das profundezas a Ti clamo” (ignorando que se trata de um arranjo da canção galante de Dietsch);
· “Santo és Senhor”(desconhecendo a natureza cômica(Relativo a comédia; burlesco) da área lírica de Hendel);
· “Grande é Jeová” (Incidindo um lamentável equívoco e respeito de sua origem: uma ópera mitológica de Wagner);
Todas essas músicas são consideradas na sua origem profanas, a inspiração no momento de sua composição não era divina, porém elas são ouvidas em muitos cultos com letras evangélicas.

2.2. Música Popular.
A música popular tem suas origens na Modinha e no Lundu. Do Lundu derivam o Batuque e o Samba. A modinha de origem européia, trazida pelos portugueses. O lundu e Batuque, trazidos pelos negros, quando vieram como escravos.
O samba é conhecido como dança e como ritmo de música. O samba é também “musica de Feitiçaria”, usados nos cultos a entidades chamadas orixás. “Em tais cultos a importância do tambor se revela claramente no fato de que serve para designar o próprio culto fetichista”. A música e a dança são os principais fatores dos fenômenos de possessão que se observam nestes cultos.
O ritmo violento dos tambores e a repetição dos cantos produzindo fadiga da atenção e amortecimentos conseqüentes da consciência levam iniciados a verdadeiro estado de hipnose.
Infelizmente este ritmo tem chegado a algumas igrejas evangélicas, que dizem: “não importa o ritmo da música, o que importa é louvar a Deus”.
Muitos cantores surgem apresentando seus discos como simples instrumentos de “renda, se o ritmo não for popular não se vende, alegam os tais cantores.

2.3. Música Rock.
O Rock começou nos anos 50, destinado aos adolescentes com pretexto de liberar o impulso sexual do jovem muitas vezes reprimido e ajudá-los a serem inteiros.
“Banhado de temas satânicos e ocultos, acompanhada do abuso de drogas, violência e imoralidade, sons estridentes que penetram, excitam e degeneram a mente dos jovens”.
O Rock tem trazido destruição, enfermidades, etc.
Músicas como:
· “Psycho Killer” (Matador Psíquico).
· “Death cam be fun” (A morte pode ser engraçada)
Músicas de autores e líderes grupos de Rock, como
· Peter Towsshend, que é seguidor do misticismo de Maher Baba. Ele mesmo explicou a milhares de jovens que Baba é Cristo.
· John Lennon, ex-beatle disse que: o cristianismo irá acabar, e vou provar que estou certo, nós somos mais populares que Jesus agora.
· Ozzie Osbourne, disse ser ele o “próprio satanás”.
· Jimmy Hendrix, disse que antes de morrer por excesso de drogas: Música é algo espiritual... você pode hipnotizar pessoas com a música; quando você consegue pegá-las nos seus pontos fracos, você pega o que quiser aos seus subconscientes.
· Paul McCartney e seu grupo, Beatles em tournée à índia, aplicaram pela primeira vez o “Bakward Masking” (retrocesso oculto), onde mensagens satânicas estão escondidas em gravações e somente notadas sutilmente pelos ouvintes.
A canção “Turn me on, dead man” (levante o meu astral, homem morto) contém a mensagem retrocedida.

O pior de tudo é que em muitos templos se ouve o rock, ao som de guitarras no mais alto volume, com letras desconexas, sem nenhuma expressão espiritual, e mais na platéia as pessoas balançam o corpo e entram em êxtase sob efeito alucinante da música tocada por um conjunto, que inicia sua apresentação pública cantando: “Peque uma guitarra e cante um rock para louvar a Deus.”

O rock nasceu nos anos 50, na mesma época em que o Espírito de Deus foi derramado na América de forma abundante. Foi durante esses anos que os cristãos começaram a louvar e adorar o Senhor em grandes reuniões.
Satanás que é um imitador iniciou uma campanha para ter o seu próprio louvor.
A música rock é um caminho que o homem separado de Deus usa para tentar encontrar satisfação. O rock não tem nada a oferecer, senão choro e ranger de dentes.

2.4. Música Profana.
Na idade média a Igreja Católica não aceitava músicas que não estivessem dentro de certos padrões de melodia, harmonia e ritmo. A história da música relata que era proibido tocar músicas em tom menor. Não se tocava o 70 grau das escalas menores e acordes formados pela sensível (70grau). Era considerado desrespeito as coisas sagradas, e agressão a Deus.
Hoje consideramos música profana toda aquela que é nociva e exalta valores seculares.

2.5. Música Sacra.
São músicas rigorosamente conformadas a cânones eclesiásticos, chanceladas pela autoridade da Igreja. São também músicas litúrgicas, introduzidas por São Gregório, Santo Ambrósio e outros.
Falavam sobre os santos, a vida no céu, enalteciam o nome de Deus. Outras são do período clássico da história da música.

2.6. Música Religiosa.
A Bíblia “denomina está música de “Salmos”, hinos e cânticos espirituais”.
A música religiosa independe do rigor na triagem e é trazida muitas vezes pelo folclore de uma região, país. Podem ser canções já existentes que foram adaptadas letras evangélicas, ou grandes hinos da época medieval, músicas e letras por inspiração divina.
Martinho Lutero usou canções do tempo em seus cultos.
Muitos dos hinos que cantamos, sua música vem desde os primeiros anos ou séculos da cristandade.
· “Noite de Paz” – veio de um padre católico romano da pequena vila de Oberndorf nos Alpes da Áustria, e até hoje é cantado mundialmente.
· A música religiosa deve ser livre de ritmos intrincados e jocosos, também não deve ser “Luxuriosa”.
· As músicas devem alegrar a igreja sem abrir a porta para o mundanismo.
· Devem ser apresentadas por pessoas esclarecidas e devidamente treinadas dando ao povo músicas reverentes, consagradas e de boa qualidade.
· A música religiosa deve ter uma imensa e extraordinária tradição de fé e de espiritualidade, sem cair no extremo, como o canto Gregoriano-cantochão.
· Os corinhos “cânticos espirituais” também têm o seu lugar: Devem ser selecionados.
· A música religiosa deve ser devidamente preparada, na formação de bandas de música, orquestras, corais, duetos, solos, maestros competentes e consagrados a Deus para louvá-Lo condignamente.

3. IDENTIFICANDO O SANTO E PROFANO.

Lv 10.1-3.
1 E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara.
2 Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.
3 E disse Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se.
Depois de havermos visto algumas das definições seculares, quanto aos tipos de música, cabe-nos agora avaliarmos o que é música sacra e o que é música profana sob o ponto de vista cristão (espiritual).
Muitas vezes ouvimos críticas dentro das igrejas contra a música profana, e sempre tomando como base os instrumentos musicais usados nos cultos, o ritmo, a melodia, a vestimenta dos músicos, etc.
Usando Nadabe e Abiú como exemplo do que é sacro e o que é profano, percebemos que ambos, em sua origem, trouxeram fogo estranho diante do Senhor:
· Ofereceram sem ordem de Deus.
· Partiu do próprio homem.
O verdadeiro serviço é iniciado por Deus.
O fogo estranho tem sua origem no homem e é oferecido sem sequer conhecer-se a vontade de Deus.
É feito no próprio zelo do homem e termina em morte. Muitas de nossas músicas, tidas como sacra, não passam da adaptação de se colocar uma letra cristã em uma música já existente (melodia, ritmo).
A diferença da música usada pelo povo de Deus na adoração é totalmente diferente a da sociedade ocidental. Nosso estilo de música nos cultos é quase todo europeu, e algo diferente disso nos causa perturbação.
Há músicas na igreja, que são reconhecidamente “sacras”, porém têm seus similares no mundo, com a mesma melodia, ritmo e instrumentação; são músicas que em essência não de inspiração divina; outras melodias, que em sua origem foram “profanas”, hoje fazem parte dos hinários sacros de algumas denominações.
· Old Folks at Home (Velhos em casa) – o tema original é uma melodia do folclore americano, secular, cujo autor é Stephan Foster, comumente badalada nos saloons do cenário americano.
Alguém achou a melodia muito linda e adaptou uma letra evangélica, vindo a fazer parte de nossa hinologia. N0 36 da Harpa Cristã.

Da linda pátria estou bem longe,
Cansado estou.
Eu tenho de Jesus saudade,
Oh! Quando é que vou?

· Ainda na Harpa Cristã, temos o hino 205 com a seguinte estrofe:
A graça de Deus revelada
Em Cristo Jesus meu Senhor
Ao mundo perdido é dada
Por Deus de infinito favor.
Graça, graça,
A mim basta a graça de Deus, Jesus,
Graça, graça,
A graça eu achei em Jesus.
Esta música tão cantada nos cultos é uma cantiga de roda de escola, música popular da língua inglesa.
Afinal, como essas melodias se tornaram sacras? Como passaram a fazer parte da hinologia evangélica? Como uma música de origem profana pode ser consagrada a Deus, aceita por Ele?
A questão na verdade não pode ser se agrada aos irmãos ou se é linda a melodia e o ritmo, mas se Deus a recebe como louvor e adoração.
Outras como “Cristo, meu Mestre, meu amigo sem igual”, que aparece com outras letras, é uma melodia do folclore espanhol. Tannenbaun, que é um hino à árvore de natal, é cantada como sacra, sob o título “Segue-me”.
Portanto, devemos examinar os critérios pelos quais definimos a música da igreja. De outra forma, muitos destes hinos teriam que sair dos hinários, alguns até bem antigos.
Que critérios poderíamos usar?
· A letra dos hinos? A procedência da letra deve ser considerada.
· A melodia original? Pode ser um critério
· Era algo sadio em sua origem ou não? Nesse sentido há muitas músicas que não glorificam a Deus, cujas letras exaltam o homem, a vida dos cristãos e até mesmo verdadeiras fantasias criadas pela mente humana.
· O compositor?
Não podemos definir o sacro e o profano, apenas por melodia, ritmo e letra.
Precisamos partir do ponto de vista de a pessoa ser ou não consagrada a Deus. Há pessoas cuja vida não é separada para Deus, no entanto, estão nas reuniões tocando e cantando músicas para Deus, como o coração ainda nas coisas do mundo.
Na verdade os elementos que estão envolvidos no culto a Deus é que devem ser totalmente consagrados a Ele.
Não é pelo cantor ter muitos DVS, CDS, gravados e uma agenda repleta de convites, que o tornará aceitável a Deus.
Muita coisa sacra pode se tornar profana em nossas reuniões, se aqueles que executam instrumentos no culto a Deus não são santos. A música, por mais sacra que seja em sua origem, não será aceita por Deus.
Definindo claramente “Sacro é tudo o que é inspirado por Deus, criado por Ele e utilizado somente em honra Dele, por pessoas cuja vida é santa”. Se as vidas não forem Dele, “é profano”. O santuário de Deus está sendo profanado.
Deus quer mostrar sua santidade e seus adoradores devem ser separados para seu louvor.
3.1. O Contraste entre o Natural e o Espiritual.
É comum as pessoas que possuem habilidades naturais serem geralmente as primeiras a ganharem responsabilidade nos cultos. Porém, tudo o que é natural, precisa ir para a cruz, para que surja um novo dom, algo ressurreto, do Espírito. As habilidades naturais continuam, entretanto agora de forma viva e ressurreta.
Uma pessoa pode ser um bom orador; contudo apenas o dom natural não fará dela um pregador. Toda habilidade de oratória terá primeiro que morrer na cruz. Terá que ficar no santuário como a vara seca de Arão, e brotar durante a noite por capacitação do Senhor. Isso significa que não podemos depender apenas das habilidades naturais para realizar a obra de Deus, mas da capacitação divina que transcende em muito a natural.
Uma linda voz, bem afinada, entoando os melhores e mais harmoniosos cânticos de louvores a Deus poderá comover os presentes e até fazê-los chorar e, portanto poderá não comover o coração de Deus.

4. O ESPÍRITO DO MÚSICO.
A música inspirada pelo Espírito, executada por músicos cheios do Espírito Santo, afasta os demônios.
Precisamos de músicos que toquem no Espírito, e não somente o músico, mas também o seu instrumento musical. O seu instrumento não pode ser usado num baile no sábado à noite e no domingo na igreja, e muito menos acompanho pelo seu instrumentista.
Características que alguns músicos têm e precisam crucificar.
· O músico sempre acha que somente ele entende do assunto e não aceita a opinião de outros, nem mesmo do pastor.
No reino de Deus, no entanto, desde o músico amador ao catedrático, todos devem saber que são sacerdotes que ministram ao senhor e devem estar sob autoridade, que estão sob as ordens do dirigente da congregação local.
· O músico da geração atual gosta de som bem alto e, conclui que todos devem gostar como ele.
· Muitos possuem o famoso “espírito de músico”.
Isso faz com que o músico goste de ser visto e aceito. Ele geralmente perde motivação do culto e passa a pensar em si mesmo e no que os outros acham dele.
Assim, o som alto, os trinados musicais, os floreios, os exageros, e a maneira de se vestir são marca registrada.
5. Objetivos espirituais da música na Igreja.

A música na Igreja existe para promover os ministérios básicos da igreja: Adoração, educação, proclamação, confraternização e serviço. Na Igreja ela tem um significado espiritual para a congregação e para cada indivíduo em particular.
5.1. A fonte da mensagem da música é Deus, cada mensagem transmitida pela música possui três dimensões básicas.
a. Através da mensagem da música o crente se relaciona com Deus – é uma relação vertical que chamamos de adoração.
b. Através da mensagem da música o crente se relaciona com outro crente, é uma dimensão em sentido horizontal, é o que chamamos de edificação, exortação.
c. Através da mensagem da música o crente se relaciona com o não crente, é uma dimensão em sentido horizontal que chamamos de proclamação da Salvação através de Cristo (evangelização).
5.2. Contribuir para uma genuína experiência da conversão.
A música na Igreja é parte vital para a conversão de uma pessoa. A mensagem musical deve dizer ao mundo que Jesus é o Salvador.
Deus chama os músicos para que se orientem se preparem e anunciem o caminho da salvação através da música.
Testemunho programa de rádio. “Hino pelo sangue, 192 da harpa”.
5.3. Desenvolver a habilidade de participar ativamente e inteligentemente nos cultos.
· Através da música os crentes crescem intelectualmente e espiritualmente. Todo desenvolvimento requer um custo ou preço.
· Os judeus reconheciam que o talento foi dado por Deus para ser desenvolvido na prática da adoração.
· A Igreja deve aceitar a responsabilidade da música numa atitude de devoção e consagração e seguir um plano de prática constante, sob uma liderança eficaz.
· Deus criou a música como um meio especial para adorá-lo.
· Os crentes de corintos se preocupavam com a aparência de suas canções. “Que farei pois? ...cantarei com o espírito, mas cantarei com o entendimento”. 1 Co 14.15.
5.4. Satisfação em cultuar a Deus e o significado de ser membro da Igreja.
· O ministério da música na igreja é tão importante quanto os demais, e é o que atinge o maior número de pessoas.
· Ele ajuda o crente a compreender o significado de ser membro da igreja e servir ao Senhor com alegria.
· Estimula a criança ou o recém convertido a permanecerem firmes na fé e alimenta o desejo de serem membros efetivos na igreja.
· Estimula o crente batizado a levar uma vida espiritual no melhor nível possível, para o louvor ser agradável a Deus e o seu testemunho ser perfeito diante dos pecadores.
· O ministério da música leva o crente músico a participar de outros ministérios, como se aluno da EBD, a participação nos cultos de louvor, no evangelismo, na oração, em missões, etc.
5.5. A música ajuda a aumentar o conhecimento da Bíblia e da fé cristã relacionando esse conhecimento às experiências diárias e textos cantados.
· A música tem por objetivo trazer à memória as maravilhas de Deus e Seus feitos grandiosos.
· Gravar os axiomas (verdades incontestáveis) da fé cristã, as crenças básicas que evoluem através da experiência da vida. A mensagem que fica na mente se torna um grande reservatório de socorro e pode encorajar o crente em suas lutas diárias.

6. Elementos Indispensáveis a um Hino.
Para a identificação de um hino digno de ser usado na adoração a Deus, precisamos ter em mente alguns elementos que o valorizarão.
6.1. Um hino deve ser reverente.
Há muitos hinos irreverentes, do tipo que contam histórias e experiências de pessoas, ou trazem elogios a grupos ou denominações tornando a verdade bíblica uma posse particular.
Um hino reverente é aquele cuja mensagem é profundamente bíblica, traz o temor de Deus e tem a tônica de louvor e adoração. Mesmo num hino de testemunho, a reverência a Deus é de vital importância.

6.2. Um hino deve comunicar o amor de Deus.
O louvor que Deus quer restaurar é aquele que comunica o seu amor às pessoas. Muitos estão interessados no som, na música, no embalo, e não no Senhor que a música apresenta.
Todo tipo de louvor que afasta nossa comunhão com Deus merece nossa desconfiança.

6.3. A Tonalidade do hino também é importante:
Deve ser composto num tom médio. Há cânticos que começam num tom muito baixo e sobem tanto que se torna impossível cantar.

6.4. Um hino deve ter beleza poética.
Grande número de cânticos recentes, são rudes, não tem um toque poético, não tem uma mensagem divina.

6.5. Um hino deve conter simplicidade em sua expressão.
Não pode ser vulgar nem sofisticado, e deve expressar com palavras inteligíveis ao povo o sentimento do autor. Há hinos com palavras arcaicas – já caíram em desuso.

6.6. Por fim um hino deve ter como base a verdade.
Cantar uma verdade é deixar-se inflamar por ela. Cantar hinos que enfatizam que o adorador pertence a Cristo, que faz parte o corpo de Cristo, difunde a unidade da Igreja e produz crescimento espiritual.

6. A Música e Seus Benefícios para a Igreja.

A música oferece para a igreja a oportunidade de conhecer e crescer:
· No ministério espiritual – trazendo harmonia entre o crente e a igreja.
· No ministério educacional – 1Sm 10.5,6 –
5 Então, seguirás a Gibeá-Eloim, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando na cidade, encontrarás um grupo de profetas que descem do alto, precedidos de saltérios, e tambores, e flautas, e harpas, e eles estarão profetizando.
6 O Espírito do SENHOR se apossará de ti, e profetizarás com eles e tu serás mudado em outro homem.
Estas escolas foram organizadas por Samuel para dar o devido preparo aos que as freqüentavam como alunos para um ministério espiritual eficiente e equilibrado.
· No ministério do serviço – Os corais, orquestras, bandas de música, quartetos, etc., oferecem oportunidade para o uso dos talentos pessoais pra honrar ao Senhor. O ministério de música traz um conceito maior sobre a necessidade do que é o culto, do lugar da música no louvor na proclamação e na maior participação do povo nos vários atos do culto e do lugar central do canto congregacional.
· No ministério social - Gera maior harmonia entre as pessoas fortalecendo os elos da fraternidade cristã, contribuindo para uma maior unidade espiritual dentro de cada grupo. Deus opera no meio da cooperação e a sinceridade no trabalho é recompensada pela presença do Espírito Santo.
Pr.Ivo Rogério Martins.

3 comentários:

  1. A MUSICA EVANGELICA TEM POR OBEJETIVO PARA NOS LOUVARMOS E ENGRANDESERMOS O SANTO NOME DO SENHOR JEOVA UMA COISA EU GOSTARIA QUE OS IRMÃOS LESEM DEUS ELE QUER O TEU SERVO PARA LOUVAR E ADORAR SOMENTE A JEOVA
    EU NÃO SOU PREGADORA NEM PASTORA MAIS UMA SERVA DO SENHOR JESUS CRISTO...IRMA:ANA CAROLINA IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR

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  2. Pr. Daniel.
    Nós do Quarteto Ador'Art ficamos impressionados com esse artigo. É de suma importância que todos nós, cristãos, tomamos conhecimento do que é o Louvor a DEUS. Não é o simples ou o complexo que identifica o louvor a DEUS, mas sim a sua origem e o seu destino serem privativamente intencionados a DEUS. Pr. Daniel, que o DEUS possa a cada dia mais abençoar seu ministério.
    QUARTETO ADOR'ART.

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  3. Pr Daniel a paz do Senhor,hoje temos visto um aumento maléfico para a igreja de pessoas que estam industrializando o evangelho e a música tem contribuido e muito para isso, há uma febre de fama pastores, evangelistas e musicos querendo se promover e usando o evangelho como veiculo e por isso o santo e o profano se mistura eu oro ao Senhor para que toda lepra espiritual que causa essa insensibilidade caia por terra e Cristo Jesus seja realmente proclamado nos louvores e não o homem.

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